MITOFADO


Desisto de correr para encontrar-me, neste poente
igual á sombra, quão fragrância de almíscar
e em beber em mim também como nascente,
desnudo-me Grécia e visto-me em mitismo de Iskar...

Desço ao meu Hipocrene e sacio esta carestia,
e da Arcádia vou a China, como sétimo lá sou santo,
dos comparecidos ao banquete e tiveram amnistia
e sou o mais sensível, de valentia e de encanto...

Se vinda do Neptuno exibo minha deidade, assola-me
um afligir ininteligível, e perco a divindade e os modos
no etéreo das encarnações a paridade cósmica, pose

na alegoria do Zodíaco e a Justiça isola-me
de entre a Massa o Inanimado, e sustento a Todos
equilibrando o peso dos Onze e temporalizo doze.
Índia Libriana
(Junho2007)