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VISITANDO OLHARES
Meu amor, quero a tua máxima compreensão
O que vou dizer é para guardares no coração
Não me julgues nem me recrimines,
pois só quero evadir-me, se é que me entendes
Vou mundo fora, visitar outras paragens
Estarei aqui, ausente, a tocar novas aragens
seguirei nas calmas ondas do pensamento
pois não te deixaria em tormento
Quero encontrar com o olhar pleno de ternura
de uma mãe embalando o seu filho com candura
envolvendo-o com enorme manto de felicidade
afastando dele toda a casta de maldade
Encontrarei com o olhar dum poeta numa praia
pensando na amada que lhe fugiu da raia
sofrendo porque ela não sabe o quanto ele sofre
e ter que esconder essa dor no sagrado cofre
E encontrarei também o mistério num olhar
procurando incessante, o meu para desvendar
fitarei e desviarei por vezes, lançando-o longe
voltando de seguida com a leveza de um monge
Se encontrar com um olhar frio
de um gelado coração, não terei calafrio
pois emano do meu corpo e que me faz suar
o toque quente e intenso do teu olhar
Vou estar um instante a contemplar
o equilíbrio do éden fresco de um olhar
de um casal namorando sem se tocarem
e no toque... de olhares, seus corpos incendiarem
Deter-me-ei neste concerto de olhares
mas ouvirei a prece dos teus cantares
me chamando de volta para o meu ninho
tomarei o mesmo veículo e mesmo caminho
Antes, guardarei tudo isso para te presentear
quando eu voltar, quero encontrar teu olhar
como um carinhoso regaço repleto flores.
toma-me de novo pois apenas estive visitando olhares!
Meu amor, quero a tua máxima compreensão
O que vou dizer é para guardares no coração
Não me julgues nem me recrimines,
pois só quero evadir-me, se é que me entendes
Vou mundo fora, visitar outras paragens
Estarei aqui, ausente, a tocar novas aragens
seguirei nas calmas ondas do pensamento
pois não te deixaria em tormento
Quero encontrar com o olhar pleno de ternura
de uma mãe embalando o seu filho com candura
envolvendo-o com enorme manto de felicidade
afastando dele toda a casta de maldade
Encontrarei com o olhar dum poeta numa praia
pensando na amada que lhe fugiu da raia
sofrendo porque ela não sabe o quanto ele sofre
e ter que esconder essa dor no sagrado cofre
E encontrarei também o mistério num olhar
procurando incessante, o meu para desvendar
fitarei e desviarei por vezes, lançando-o longe
voltando de seguida com a leveza de um monge
Se encontrar com um olhar frio
de um gelado coração, não terei calafrio
pois emano do meu corpo e que me faz suar
o toque quente e intenso do teu olhar
Vou estar um instante a contemplar
o equilíbrio do éden fresco de um olhar
de um casal namorando sem se tocarem
e no toque... de olhares, seus corpos incendiarem
Deter-me-ei neste concerto de olhares
mas ouvirei a prece dos teus cantares
me chamando de volta para o meu ninho
tomarei o mesmo veículo e mesmo caminho
Antes, guardarei tudo isso para te presentear
quando eu voltar, quero encontrar teu olhar
como um carinhoso regaço repleto flores.
toma-me de novo pois apenas estive visitando olhares!
Índia Libriana
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AO TEMPO QUE FOSTE
És de um tempo que foi e que já não dói
em que eram tuas minhas ruas
por onde passava e passeava
copioso teu olhar, uma dor de amar;
Eras caloroso espaço, regaço
de maciez sedosa, tez preciosa
cheirando a flores, dando calores
aos sentidos e ruídos contidos;
És da Imagem que foste, Cópia inópia
poesia sem sentimento, o pejo do beijo
que habitou o meu intenso silêncio
de todas as horas em que te amava nas demoras;
És saudade ausente, toque sem choque
do exaurido perfume sem ciúme,
da Ideia do inteligível no sensível
do tempo que foste, passado sem enfado;
Eras do tempo que eras e foram eras
de muitas promessas, louças essas já partidas
hoje nem saudades amenas, fóssil apenas
de tão remoto na minha memória sem glória.
Índia Libriana
És de um tempo que foi e que já não dói
em que eram tuas minhas ruas
por onde passava e passeava
copioso teu olhar, uma dor de amar;
Eras caloroso espaço, regaço
de maciez sedosa, tez preciosa
cheirando a flores, dando calores
aos sentidos e ruídos contidos;
És da Imagem que foste, Cópia inópia
poesia sem sentimento, o pejo do beijo
que habitou o meu intenso silêncio
de todas as horas em que te amava nas demoras;
És saudade ausente, toque sem choque
do exaurido perfume sem ciúme,
da Ideia do inteligível no sensível
do tempo que foste, passado sem enfado;
Eras do tempo que eras e foram eras
de muitas promessas, louças essas já partidas
hoje nem saudades amenas, fóssil apenas
de tão remoto na minha memória sem glória.
Índia Libriana
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