ALAGADA

No meu céu sentia um passo apressado
que me tangia e me atiçava quão pisadas de Pégaso
nesta via, um toque de figuração já gastado
fazia irromper em mim era de Parnaso...

Era nuvem que ficou prenhe de um olhar
e deu á luz! Um dilúvio de poesia
na praia onde já havia rumor e a maresia
despontou uma festa de ondas, bolhas a cintilar

em meu peito e construí uma barragem
para dela fazer jorrar mansinho
torrente fresca que inunda devagarinho

do leito, para o leito e nossa margem.
Não sei se irei sozinha nesta jornada
mas já me dá gozo este estado de alagada...


Índia Libriana
(Agosto2007)

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