LAMENTOS

Parto sim, do jovem aconchego desse olhar
que não retocará a sua fantasia primeira
e só há bilhete para Lugar Nenhum a cobrar
nesta Estação ubi cheguei tarde à bilheteira...

Parto sim – de tudo – e parto suas promessas
abandono o tango e volto ao crepúsculo da solidão
e fragmento noites e vicio madrugadas travessas,
no pranto do fadista há lamentos sentidos em vão...

Em meu retorno ao calabouço do frio espectro
há portas hipócritas abertas a festejar
abanando convites para entrar e chorar na ruela

Há lágrimas de reencontro e desencontro
e há queixumes de paredes a atormentar
com boas vindas cantadas a solo e a capela
Índia Libriana
(Maio2007)

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