MULHERES QUE EU AMO

ABRIGO
(à Marlene Lima)

Vim para rir em soluços no teu regaço à medida
Quero tuas mãos pétalas de rosa e talhado espinho,
espero neste repouso acalentar minha avenida
Em teu olhar um ósculo, um abraço e um carinho...

Trago-te a densidade de uma alma carente
ampla de carestia desde Caranguejo a Leão
e o transbordar-me quase corpo cadente,
confio-te tudo, enfim meu coração na tua mão...

Sei que não me chamarão desviada por este desejo,
por este querer-te mar, por que por quem almejo
é macho e puro tacho que me esvai...

Nem de ti, haverá conjecturas ora que és plenitude
de donzela e a perenidade em ti, e de teu seio infinitude
já é causa nascida, ajuizarás o que na alma me vai...
Índia Libriana
(09Agosto2007)

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